O vento é o mesmo, ou não? Renovar-se-à ele numa caverna onde entra velho, turbilha e sai novo? E a luz? Quando se esvai vai onde? Terá o mesmo destino do orvalho que se perde no lugar que está para lá de nós, como o que está por debaixo da terra, a caverna do vento a central do orvalho o lugar da luz? E as lágrimas? O que é que têm que ver com o orvalho? E o riso, o bafo do riso que há pouco fez levantar um antigo bilhete de eléctrico, verde e com um pequeno furo na quadrícula de números, [para onde foram todos aqueles bilhetes, tantos, finos, de papel precocemente desbotado, como o tempo deles o era, antes do 25 de Abril, em Lisboa (desbotado não, pastel, pastel não, suave)], o que é que o riso tem a ver com o vento? E o olhar com a luz? De onde vem o sempre? Qual o início da corrente? Onde está o nó da repetição? O elo soldado? A cadência que se repete e que nos permite saber o resto de cor, antecipar a ordem da sequência? O cavalinho do carrossel outra vez?
3 comentários:
Parabéns Tiago!
sabe, eu vou passando na vida e nunca sei nada, não lhe adivinho nem percebo sequência, muito menos repetição. fazemos parte de alguma anedota de humor negro que alguém se entretem a escrever.
talvez a resposta esteja com o trinca-bilhetes...
Muitos parabéns por mais um. E que venham muitos mais anos os outros todos.
Paula e Patti, tenho andado ausente daqui, por causa da exposição de ontem, finalmente encontro estas mensagens que não vos agradeci: obrigado Paula: não ligue ao que então escrevi, é daquele género de coisas que só se deve escrever no dia de anos. Patti: obrigado, muitos e bons!
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