26.10.10

ALFREDO HÉRVIAS MENDIZÁBAL

Morreu o Alfredo



Como é que se escreve sobre a morte do Alfredo sem sentir a batota de lhe sobreviver?
Não é que queira morrer por solidariedade, mas alguém como o Alfredo que era tanto e que constantemente submergia das suas caminhadas com o espectáculo humano de quem “vive para a viver e para a contar”, não nos pode anteceder na morte sem que deixe um sentimento de que a vida ficou mais pobre, de que ficámos com menos para viver.
A memória sofreu, desde que ontem soube da notícia, uma mutação que tornou o Alfredo muito nítido: o sorriso dele - que como todos os grandes sorrisos começava no olhar - está nítido demais, está aqui enquanto escrevo, eu sou um pouco desse sorriso agora, mas ainda não me sei habituar a ele. Precisava de ser o Alfredo para lhe sorrir também porque nunca conheci ninguém que melhor celebrasse a alegria de estar vivo que o Alfredo. Vou tentar!

2 comentários:

Bípede Falante disse...

Não há muito o que dizer, mas lamento que o seu amigo tenha morrido. A vida é muito estranha.
Um abraço,
Bípede

Unknown disse...

Quem deve o prazer de conhecer o Alfredo sabe o quando é difícil aceitar esta partida. Meu coração como o de outros muitos amigos está de luto. Até sempre Cariño