5.2.11

A BEM DA ALORNA


No fim-de-semana passado um amigo convidou-me para passar o fim de semana fora de Lisboa. A casa em que entrei tem nas cores da cada divisão a suspensão das cores e do ar que ocorre nalguns dos fins de tarde da infância, onde a luz tem partículas quase corpóreas e os objectos parecem rarefeitos de tanta luz que recebem. A casa é a Quinta da Alorna e a síntese dela fui encontrá-la em três folhas A4 emolduradas e que estão no escritório. O meu amigo é um dos netos a quem essas regras se dirigiam, escritas há cinquenta anos com o pragmatismo e o amor que as grandes avós tinham e têm. Reproduzi as regras para o meu amigo e por causa da sua Avó. Com a sua licença reproduzo aqui as regras e o caderno que lhe ofereci em homenagem a todas as Avós e sobretudo ao “amor de Avó” que é o mais sereno, humano e verdadeiro que conheci.

Obrigado Zé, aqui fica o caderninho: A “A Bem da Alorna”.


















3 comentários:

mary disse...

Maravilhosa sensibilidade. Quase humana:) Gosto do que escreve.... e do que desenha....e da maneira que encontra a grandeza na imperfeição pacata do que vê!!!!
É bom saber......

Daisy Moreirinhas disse...

Esta Avó à moda antiga faz falta nas casas da minha geração que, por não tê-la no seu tempo, deu a "liberdade" total à geração seguinte... porque "impôr regras às crianças não as deixa desabrochar...". Fez, infelizmente, muitos mal educados e jovens que exigem de mais, porque nunca foram contrariados em nada.
O tema mereceu comentário, mas a sua expressão, é encantadora.

aniki bóbó disse...

Obrigada por criar imagens tão bonitas ...e textos tão maravilhosamente Simples!!!!