Morreu ontem o Senhor Isaías. Estou triste, triste porque era uma pessoa encantadora e que como todas as pessoas encantadoras e de olhar bom, deixa muitas pessoas ainda mais tristes que eu. Sinto pudor de falar na minha tristeza comparada com a que sentem aqueles que num clã como uma pinha viviam num dos melhores lugares do Alentejo que eu conheci: A Adega do Isaías. Para mim não existem lugares sem pessoas, e o Senhor Isaías e o José Marcos faziam desse lugar um sítio onde era bom voltar todos os dias. Hoje, que já estou longe de Estremoz, sei que o Senhor Isaías continuará nas pessoas impecáveis que são todos os que continuarão a sua obra, continuará no Miguel, no Roque e em todos aqueles que todos os dias lá estarão na bela e simples vida de um dos melhores lugares do Alentejo, porque habitado pelas melhores pessoas que conheci. O lugar do Senhor Isaías, A Adega do Isaías.
3 comentários:
um abraço apertadinho e um bem haja ao senhor onde que que ele esteja
Agora nem sei o que dizer!
Este post triste [pela morte do Senhor Isaías] levou-me, num ápice, a dias muitos felizes!
Sei o que comi. Sei a mesa onde fiquei. Sei, para não variar, o que vestia nesse dia. Sei o que sentia.
Sei tudo. Desses dias felizes pelo Alentejo.
Mocho, Marta:
É sempre estranho quando percebemos que a nossa afeição por pessoas de quem gostamos à distância e sem saber quando começámos a gostar muito delas e porquê é repartida, no mesmo silêncio, por muitos outros. Senti isso outra vez esta semana com a perda de João Benard da Costa
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