José Calvário (Foto Retirada deste sítio)
Morreu ontem José Calvário. Escrevo sobre a "Festa da Vida" enquanto a ouço. A música (a letra é de José Niza), que era dele, é das que mais me marcou quando tinha sete anos. Era o tempo em que os cegos tinham uma caixa preta e vendiam as letras do último festival da canção, dos 1111, do Paco Bandeira, da Tonicha ou dos Green Windows. Mais do que o desaparecimento dos célebres sinto a perda dos que passaram uma tangente à super popularidade e continuaram o seu caminho, a sua vida, a festa da sua vida. Depois há a frase de Teixeira de Pascoaes que sempre me ocorre quando isto acontece. "O homem não vive. Nasce e morre." Mas há quem viva e ao ouvir esta música sinto que José Calvário só pode ter vivido.
2 comentários:
é belíssima!
ainda bem que, para nós, os que só lhe conhecemos a obra, há essa margem para afirmarmos que Homens assim, não morrem!
a música é muito, muito boa mesma, é triste e fala de festa e só com isso cria uma festa encantada, numa planice, sob o céu único do Alentejo, numa noite como a de hoje mas há muito tempo, antes mesmo dos jograis.
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