Geral
(Detalhe 1)
(Detalhe 2)
(Detalhe 3)
(Detalhe 4)
(Detalhe 5)
(Detalhe 5)
(Detalhe 6)
Durante do último mês vivi no meio deste quadro. A certa altura a sensação era de estar a tecer e não a pintar. Começou a pesar, o próprio príncipe envelheceu em relação à sua primeira aparição, muitas das figuras que se iam revelando tornaram-se rebeldes, era penoso trabalhar sobre elas porque as expressões pareciam definitivas. O mote começou por ser o lugar do Príncipe Real, em Lisboa, onde o quadro foi pintado, entre os lanches no Quiosque do Refresco, os pequenos almoços madrugadores na confeitaria do Sr. Leão e os almoços no Il Suriso do meu paciente e bom amigo Nuno Almeida. Depois, quando o quadro estava praticamente terminado aconteceu a estranha interrupção do 5 de Outubro, uma segunda feira carregada de cinza, feriado, daqueles que vêm de tempo nenhum e conseguem isso melhor que qualquer Domingo, uma ida à Rua de São Bento onde fica a Fundação Mário Soares para pegar num livro e ir embora, antes que se abatesse sobre mim uma depressão tão grande como aquela que se formava nos céus. O Príncipe Real começou a ser Irreal e comecei a ver muitos motivos que me associavam ao último Príncipe Real, o Príncipe D. Luís. estava terminado o quadro e eu às voltas com o testamento de Manuel Buiça, como se pode ver dos textos que antecedem as imagens que agora deixo aqui.
O quadro foi todo ele pintado a aguarela, excepto alguns quadrados com mais brilho onde usei guache. Mede 2 metros por 90 centímetros. Todas as fotografias são de Henrique Calvet, assim como a escolha de tudo o que lhes diz respeito (luz, detalhes, etc.). Obrigado Henrique.
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